PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA DO POLICIAL MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

Abstract

O presente trabalho tem por objetivo investigar as necessidades de uso da Língua Inglesa no contexto ocupacional do policial militar do Distrito Federal, partindo do conceito de inglês como “língua global” (CRYSTAL, 1997), utilizada por milhares de falantes nativos e nãonativos pelo mundo. A pesquisa é de base qualitativa, com o referencial metodológico do Estudo de Caso, conforme Stake (1998, 2020), Yin (2005), Gil (2010) e Dörnyei (2011), aplicando a triangulação como fundamento lógico para operar múltiplas fontes de evidências. A autora consultou documentos oficiais, dentre eles, a Classificação Brasileira de Ocupações fornecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego e a Matriz Curricular Nacional para a formação de profissionais de Segurança Pública elaborada pelo Ministério da Justiça, bem como aplicou questionários para levantamento do perfil dos policiais militares participantes e mapeamento das tarefas que demandam comunicação em língua inglesa. A investigação resultou no desenvolvimento do Plano de Ensino do Curso de “Inglês para a Polícia Militar” como uma das possíveis soluções para elevar a proficiência em língua inglesa do policial militar. A pesquisadora elaborou o documento com base nos preceitos da abordagem de ensino de Inglês para Fins Específicos, conforme Hutchinson e Waters (1987) e Dudley-Evans e St. John (1998). A maioria dos participantes possui experiência em radiopatrulhamento (80%), já teve contato com o idioma na profissão policial militar (60%) e 83,9% tem interesse em frequentar um curso de inglês para a polícia militar. Foi identificada a necessidade de se ensinar o idioma para a situação de rotina da atividade policial, enfocando a conversação (falar e ouvir em inglês) em contextos de interação com pessoas estrangeiras tanto em ocorrências, grandes eventos, como também em missões de cooperação com agências internacionais. Os resultados da investigação poderão informar decisões relacionadas ao planejamento e implementação de programas de ensino do idioma na corporação, além de parcerias com universidades e escolas de idiomas, programas de incentivo à especialização linguística e utilização de tecnologia que auxilie na comunicação em inglês. Por óbvio, descortina os desafios que a corporação enfrentará na empreitada, sem perder de vista a importância da efetiva comunicação com estrangeiros na capital federal na medida em que colabora para a prevenção e repressão de crimes, esforço que se alinha à identidade estratégica da corporação.